X encerra operações no Brasil após disputa entre Elon Musk e Alexandre de Moraes

O fechamento do escritório no país se dá após diversos conflitos entre o empresário e o ministro, envolvendo questões como democracia e liberdade de expressão.

19/08/20242 minutos
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O perfil oficial do X, anteriormente conhecido como Twitter, anunciou neste sábado o fechamento definitivo de seu escritório no Brasil. A rede social, que já operava sem uma sede oficial no país há cerca de dois anos, encerrou todas as suas atividades locais em meio a uma crescente tensão entre o proprietário da plataforma, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.



Detalhes



Poucas horas após o anúncio oficial, Musk se manifestou em seu perfil no X, alegando que a decisão foi tomada devido às "exigências de censura" feitas por Moraes. Segundo o bilionário, o ministro teria solicitado a entrega de informações privadas de usuários e o bloqueio de contas na rede social, sob pena de prisão para o representante legal da empresa no Brasil, caso as ordens não fossem cumpridas dentro de 24 horas. Apesar disso, a plataforma também ressaltou que, apesar do encerramento das operações físicas, seus serviços continuarão disponíveis no Brasil. A nota divulgada por Musk e pelo perfil oficial da empresa acusa Moraes de ações antidemocráticas, criando um clima de confronto direto entre o empresário e o ministro.



Musk x Moraes



O conflito entre Musk e Moraes vem se intensificando nos últimos meses, especialmente após a divulgação dos Twitter Files Brazil, que revelou trocas de e-mails entre funcionários da rede social sobre decisões judiciais brasileiras de 2020 a 2022. Em resposta, Moraes incluiu Musk no inquérito das milícias digitais e abriu uma investigação para apurar possíveis delitos cometidos pelo empresário, como obstrução à justiça e incitação ao crime.



Enquanto Musk critica as ações do ministro, chamando-o de "ditador brutal", Moraes continua a reforçar que as redes sociais devem obedecer às leis brasileiras e não são "terra sem lei". O embate entre os dois levanta questões sobre a liberdade de expressão e o papel das plataformas digitais no cumprimento das ordens judiciais, especialmente em um contexto de combate à desinformação.


Fonte: g1



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Foto: Metrópoles (reprodução)


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