Perplexity oferece serviços de IA ao New York Times para substituir funcionários em greve
CEO da Perplexity AI, Aravind Srinivas, propõe uso de tecnologia durante paralisação, gerando polêmica entre trabalhadores e público.
Em meio a uma greve dos trabalhadores de tecnologia do New York Times (NYT), Aravind Srinivas, CEO da Perplexity AI, ofereceu suporte técnico para garantir o funcionamento do jornal durante o período de paralisação. A greve, organizada pelo sindicato de tecnologia do NYT, reúne funcionários responsáveis por funções de suporte de software e análise de dados, que reivindicam um aumento do salarial anual e a permanência de dois dias de trabalho presencial por semana. O movimento, iniciado nesta semana, ocorre em um momento crítico, durante às eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Detalhes
Em um post na rede social X, o grupo de trabalhadores declarou que a empresa não tem mostrado disposição para negociar um contrato justo, acusando o NYT de manter práticas trabalhistas abusivas. Em resposta, o editor-chefe do jornal, A.G. Sulzberger, expressou preocupação com a greve, afirmando que a cobertura eleitoral do Times é essencial para milhões de leitores.
Foi nesse contexto que Srinivas ofereceu o suporte de sua equipe, com uma mensagem direta a Sulzberger no X: "Estamos à disposição para garantir que sua cobertura esteja disponível para todos durante a eleição." A oferta, no entanto, gerou controvérsia imediata. Diversos usuários criticaram a atitude do empresário, acusando-o de enfraquecer o movimento grevista em benefício do jornal.
Tensão
A proposta da Perplexity ocorre em meio a uma relação tensa com o NYT. Em outubro, o jornal enviou uma notificação formal exigindo que a startup interrompesse o uso não autorizado de seu conteúdo para treinar modelos de IA, o que o NYT considera uma violação de direitos. Apesar de Srinivas esclarecer que sua intenção era apenas oferecer suporte técnico durante o alto tráfego do período eleitoral, a proposta foi recebida como uma tentativa de minar o movimento grevista, já que os trabalhadores em greve são justamente aqueles que mantêm o suporte técnico do NYT em operação.
Fonte: Exame
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Foto: Reprodução