Israel usa reconhecimento facial por IA na Faixa de Gaza
Através da Corsight e o Google Fotos, a tecnologia de IA está sendo cada vez mais usada em palestinos, com alguns alegando que a ferramenta tem gerado prisões de inocentes
O Estado de Israel implementou um avançado sistema de reconhecimento facial em larga escala com inteligência artificial (IA) na Faixa de Gaza, conforme reportado pelo The New York Times. Desenvolvido em resposta aos ataques de 7 de outubro, o programa utiliza a tecnologia do Google Fotos e uma solução customizada pela Corsight, empresa de IA baseada em Tel Aviv, visando identificar indivíduos associados ao Hamas.
Implementação da IA Após Ataques
Lançado juntamente com a ação militar israelense em Gaza, o programa de reconhecimento facial visa aprimorar a identificação de potenciais ameaças. Soldados israelenses e a Unidade 8200, uma divisão de inteligência das Forças de Defesa de Israel, coletaram dados através de câmeras de segurança e redes sociais, buscando identificar afiliados ao Hamas.
A tecnologia desenvolvida pela Corsight promete reconhecimento facial preciso, mesmo em condições adversas, como imagens de baixa qualidade ou rostos parcialmente ocultos. Entretanto, foram relatados casos de identificações incorretas, incluindo a detenção injusta do poeta palestino Mosab Abu Toha, destacando as limitações e riscos associados à precisão da ferramenta. Abu Toha foi morto semanas depois em um bombardeio realizado por Israel.
Parceria com Google Fotos
Para complementar as capacidades da Corsight, as forças israelenses integraram o Google Fotos, aproveitando sua ampla base de dados para melhorar a identificação dos indivíduos. Dessa forma, a abordagem combinada busca criar uma base de dados extensiva de pessoas para monitoramento e identificação de possíveis alvos.
Apoio e Controvérsias
Executivos da Corsight e financiadores, como a Awz Ventures, manifestaram apoio ao uso da tecnologia na segurança de Israel. Em outra atuação reportada pela Forbes, a Corsight foi utilizada inclusive em hospitais israelenses para identificação de pacientes, evidenciando a versatilidade da tecnologia.
Porém, a adoção de sistemas de reconhecimento facial por Israel em Gaza levanta diversas questões éticas, especialmente pela coleta de dados sem consentimento do público. Assim, enquanto oferece potencial para segurança, os erros de identificação e o uso sem transparência preocupam defensores dos direitos humanos, já que a estratégia abre caminho para violações mais graves de privacidade e direitos individuais.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
🚀 Gostou do conteúdo? Então continue lendo as principais notícias do mercado de IA.
📩 Assine a nossa newsletter e fique por dentro de tudo sobre a Inteligência Artificial.
Foto: Forças de Defesa de Israel