IAs brasileiras estão chegando ao mercado
O desenvolvimento de inteligências artificiais em solo nacional pode atender a diversas necessidades, mas enfrenta desafios.
A Wide Labs, uma empresa de tecnologia de Porto Alegre, anunciou o desenvolvimento de uma LLM inteiramente em português brasileiro, chamada Amazônia IA. O modelo será oficialmente apresentado em Brasília, durante a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, onde o Presidente Lula pode anunciar o lançamento de um plano nacional para promover o desenvolvimento de inteligência artificial no país.
Funcionamento
Apesar de não divulgar detalhes técnicos, a criadora da tecnologia garante que a Amazônia IA é uma linguagem robusta e precisa, tendo fortes parcerias, como da Nvidia e da Oracle, para seu desenvolvimento, que será operada em dois data centers da Oracle localizados no Brasil. Inicialmente, a empresa oferecerá um bot conversacional gratuito, seguido de serviços premium pagos com preços em reais, significativamente mais baixos que os das grandes empresas de tecnologia internacionais.
Ademais, a tecnologia será uma vertical de negócios dentro da Wide Labs, com potencial para se tornar uma entidade independente. A empresa acredita que, além do preço competitivo, o "viés brasileiro" do modelo pode ser um diferencial no mercado.
Desenvolvimento
O modelo foi desenvolvido em conformidade com as regulamentações internacionais e alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados. Com isso, para treinar a Amazônia IA, foram utilizados vastos data sets de fontes nacionais, incluindo institutos de pesquisa e universidades. Além disso, também planeja-se lançar modelos menores e específicos em breve, voltados para áreas como jurídica, comunicação e aplicações médicas.
Concorrência
No entanto, a Wide Labs não está sozinha neste mercado. A Maritaca AI, fundada em 2022, também desenvolveu um 'ChatGPT' brasileiro chamado MariTalk. A startup, criada por Rodrigo Nogueira e pesquisadores da Unicamp, recebeu apoio inicial do Google e um recente investimento para desenvolver versões proprietárias do seu sistema de linguagem, o Sabiá.
Rodrigo destaca a importância de treinar modelos de IA com datasets brasileiros para melhor atender às necessidades locais, como auxiliar em reclamações ao Procon e na declaração do Imposto de Renda. Ele aponta a falta de profissionais qualificados e a capacidade de processamento de dados como os principais desafios para o desenvolvimento de IA no Brasil.
Para mitigar esses desafios, o governo brasileiro deverá apresentar um plano para a construção de um supercomputador destinado a pesquisadores nacionais, fortalecendo a infraestrutura necessária para o avanço da inteligência artificial no país.
Fonte: Brazil Journal
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Foto: Olhar Digital (reprodução)