Harvard usa IA e desenvolve detector de câncer com quase 100% de precisão

Modelo inovador chamado pode identificar múltiplos tipos de câncer e prever resultados clínicos em pacientes, revolucionando a medicina.

21/10/20243 minutos
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Pesquisadores da Harvard Medical School desenvolveram um modelo de inteligência artificial versátil, chamado CHIEF (Clinical Histopathology Imaging Evaluation Foundation), capaz de realizar uma ampla variedade de diagnósticos em diferentes tipos de câncer. Assim como modelos de linguagem avançados, a plataforma é projetada para ser flexível e eficiente, com potencial para transformar a forma como médicos avaliam pacientes e decidem tratamentos.



Detalhes



O CHIEF foi treinado com 15 milhões de seções de imagem e 60.000 imagens completas de tecidos provenientes de diversos órgãos, proporcionando uma análise abrangente. Ao ser testado em 19 tipos de câncer, o sistema demonstrou precisão e flexibilidade superiores às abordagens tradicionais.



Kun-Hsing Yu, autor sênior do estudo e professor assistente na Harvard Medical School, afirmou que o objetivo era desenvolver uma plataforma ágil e multifuncional para avaliação do câncer. Assim, o recurso oferece suporte a médicos na identificação de pacientes que podem não responder bem a terapias convencionais, ajudando a direcionar tratamentos experimentais de forma mais eficiente.



Detecção



Durante os testes, o CHIEF alcançou uma precisão de quase 94% na detecção de câncer, superando significativamente outras IAs em 15 conjuntos de dados com 11 tipos de câncer, incluindo esôfago, estômago, cólon e próstata. No total, o modelo foi testado com 19.400 imagens de 32 conjuntos de dados, provenientes de 24 hospitais ao redor do mundo, demonstrando resultados superiores em até 36% nas tarefas de detecção, identificação da origem do tumor, previsão de desfechos e identificação genética.



Um dos grandes diferenciais do modelo é sua capacidade de manter a precisão em diferentes ambientes clínicos, independentemente do método utilizado para coletar ou digitalizar amostras tumorais. A equipe agora pretende aprimorar o modelo, treinando-o com dados de doenças raras e tecidos pré-malignos, além de incluir mais dados moleculares para prever benefícios e efeitos colaterais de tratamentos.



Futuro



A pesquisa liderada por Harvard é parte de um movimento crescente no uso de IA para diagnóstico e tratamento de câncer. Outras iniciativas também mostram avanços significativos, como a IA do Google, que detecta câncer de mama com mais precisão e menos erros que especialistas humanos, e um modelo desenvolvido pelo MIT capaz de identificar câncer até cinco anos antes do diagnóstico clínico.



Com o uso contínuo de IA em diagnósticos médicos, a expectativa é que tecnologias como o CHIEF possam ser validadas e amplamente adotadas, ajudando a detectar cânceres em estágios iniciais e a personalizar tratamentos com base em variações moleculares específicas, revolucionando a história da medicina.


Fonte: SciTechDaily



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Foto: Reprodução

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