Gravações cerebrais com IA capturam musicalidade ao som do Pink Floyd
Descubra como uma equipe da UC-Berkeley recriou uma música do Pink Floyd a partir de sinais cerebrais, utilizando IA.
22/08/20233 minutos
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Um clipe de áudio de 15 segundos criado com IA ecoa uma versão enigmática de uma música do Pink Floyd, como se estivesse sendo entoada debaixo d'água. Inegavelmente, as palavras e os ritmos remetem à "Another Brick in the Wall, Part 1" - a primeira de uma trilogia icônica do álbum "The Wall", lançado em 1979.
Porém, como dito anteriormente, o Pink Floyd não executou essa melodia. Em vez disso, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley deu vida a essa faixa. Como? Analisando a atividade cerebral de mais de vinte pessoas enquanto ouviam a música. Esses dados foram decodificados por um modelo de machinelearning e transformados em áudio - uma realização pioneira em que uma música foi recriada a partir de sinais neurais.
🚀Gostou do conteúdo? Continue lendo as principais notícias do mercado de IA. 📩Assine a nossa newsletter e fique por dentro de tudo sobre a Inteligência Artificial. Foto: Capa The Wall, Pink Floyd (Foto: Reprodução)
Da Atividade Neural a Pink Floyd através da IA
A tentativa de reconstruir a música do Pink Floyd, em particular "Another Brick in the Wall, Part 1", surgiu da atividade neural de 29 pacientes que a ouviram. A trajetória para alcançar esse feito teve início em 2009 em um hospital de Albany, NY, quando pacientes com eletrodos implantados - originalmente destinados a mapear convulsões intratáveis - permitiram que suas atividades cerebrais fossem registradas enquanto a música ecoava. O ato aparentemente simples de ouvir música desencadeia um processo complexo. Os sons, ou melhor, as vibrações que viajam como ondas pelo ar, chegam ao ouvido interno e se convertem em sinais elétricos que o cérebro, uma central elétrica, decodifica. Ao entrar no cérebro, os neurônios se organizam para interpretar cada nota, melodia e ritmo.Pink Floyd e Atividade Cerebral
Através de eletrodos conectados aos cérebros dos pacientes, os cientistas adquiriram insights sobre esse intrincado processo. Robert Knight, neurocientista da UC-Berkeley e autor do estudo, comparou os fios a "teclas de piano", revelando a complexidade de mapear o processamento cerebral do som. O foco recaiu sobre uma região conhecida como giro temporal superior, especialmente ativa quando os pacientes ouviam a música do Pink Floyd.Transformando Dados em Melodia: Uma Mágica da IA
Os dados trabalhados por Ludovic Bellier, músico e cientista de pesquisa computacional, foram, então, transformados em música pela IA. O modelo de aprendizado de máquina decodificou como o cérebro reage a combinações de frequências sonoras, produzindo um espectrograma visual e, por fim, um arquivo de som que ecoava vagamente a música original. Essa pesquisa pode revolucionar tratamentos médicos para pacientes com perda de comunicação. À medida que máquinas de tradução cerebral avançam, a inclusão de emoção nas vozes geradas - um desafio - poderá se tornar realidade. Assim, Robert Knight enfatiza o potencial da música, rica em elementos emocionais, para dar expressividade à comunicação.Potencial Médico e Criativo com a IA
As implicações médicas são significativas. Ludovic Bellier vislumbra a composição musical por meio do pensamento e aplicativos médicos, como um "teclado mental" para decodificar as palavras dos pacientes. A escolha da música Pink Floyd, preferida por todos os pacientes estudados, acertou em cheio. O que gerou interesse e abriu possibilidades para um futuro mais harmonioso entre a IA e a mente humana.🚀Gostou do conteúdo? Continue lendo as principais notícias do mercado de IA. 📩Assine a nossa newsletter e fique por dentro de tudo sobre a Inteligência Artificial. Foto: Capa The Wall, Pink Floyd (Foto: Reprodução)
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