Geração de músicas com IA leva Google e Universal Music a criarem parceria

BigTech e gigante do entretenimento discutem o desenvolvimento de uma ferramenta de IA para gerar músicas com vozes de artistas famosos.

18/08/20232 minutos
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O Google e a Universal Music Group (UMG) estão em negociações para desenvolver uma ferramenta de IA que permitirá a criação de música gerada por IA, também conhecidas como deepfakes, usando vozes de artistas populares.

Desenvolvimento de Ferramenta de Música Gerada por IA

O acordo proposto prevê o pagamento aos proprietários dos direitos autorais pelas suas imagens e o direito de licenciar músicas geradas por IA com as vozes dos artistas. Porém, alguns artistas como Drake e The Weeknd, manifestaram preocupações com deepfakes usando suas vozes sem permissão. Nesse caso, um usuário do TikTok postou músicas geradas por IA usando vocais que lembram os dois artistas. No entanto, a falsa colaboração Drake/Weeknd foi retirada dos serviços de streaming, e a UMG disse que a música estava “infringindo conteúdo com IA generativa”.

Posteriormente, em um outro caso de música gerada por IA, Drake chamou o lançamento da música deepfake combinando as vozes dele e do rapper Ice Spice de “a gota d’água”, Ao contrário de Google e UMG, Robert Kyncl, CEO do Warner Music Group, expressou sua oposição à tecnologia deepfake em uma teleconferência na terça-feira. Dessa forma, o executivo defende que os artistas sempre devem ter uma escolha se permitirem que sua imagem seja usada. “Não há nada mais precioso para um artista do que sua voz”, disse Kyncl na transmissão, “e proteger sua voz é proteger seu sustento e proteger sua personalidade”.

Divergências Sobre o Tema

Por outro lado, alguns artistas como Grimes, apoiam a música gerada por IA sob certas condições. Nesse caso, o artista disse aceitaria uma criação deepfake se os lucros dos royalties fossem divididos. Igualmente, outro grande nome que já expressou seu apoio é Paul McCartney. O ex-Beatle afirmou que a IA seria usada para criar uma nova música dos Beatles, extraindo a voz de John Lennon de uma fita demo de 1978 para criar "o disco final dos Beatles".  Contudo, a questão dos direitos autorais e consentimento continua sendo um ponto central de debate. Por fim, a criação de música gerada por IA enfrenta desafios legais e éticos, especialmente quando se trata de replicar vozes de artistas consagrados. A tecnologia promissora também levanta preocupações sobre a originalidade e autenticidade das obras criadas por meio dela.
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