Células cerebrais humanas são usadas para criar IAs

A novidade da startup FinalSpark traz novas possibilidades para o campo da inteligência artificial, prometendo maior eficácia e eficiência.

20/08/20243 minutos
Salvar
celulas-cerebrais-humanas-sao-usadas-para-criar-ias

A biocomputação, um campo emergente que une biologia sintética e computação, está ganhando destaque com inovações que utilizam células vivas como base para sistemas computacionais. A startup suíça FinalSpark, à frente dessa revolução, lançou recentemente um serviço inédito que permite a cientistas acessar biocomputadores compostos por organoides cerebrais humanos. Por uma assinatura mensal de US$ 500, pesquisadores podem aproveitar essa plataforma para treinar modelos de inteligência artificial com uma eficiência energética até 100.000 vezes superior à das tecnologias tradicionais.



Funcionamento



A "Neuroplataforma" da FinalSpark consiste em aglomerados de células cerebrais humanas, que atuam como unidades de processamento (CPUs e GPUs). Esses organoides são estimulados por dopamina para reforço positivo e por sinais elétricos para reforço negativo, replicando os processos neurais naturais para otimizar o aprendizado de máquina. Com isso, cada corpo celular tem a capacidade de funcionar e realizar cálculos por até 100 dias, com seu comportamento monitorado em tempo real via transmissão ao vivo disponível 24 horas por dia.



Desafios



No entanto, a biocomputação enfrenta desafios significativos, visto que a curta vida útil e a falta de padronização nos processos de fabricação são barreiras que precisam ser superadas. Além disso, o uso de neurônios humanos para fins não médicos levanta questões éticas complexas, especialmente em relação ao potencial desenvolvimento de consciência nesses minicérebros artificiais. Consciente dessas preocupações, a FinalSpark está colaborando com filósofos e especialistas para explorar as implicações éticas desse avanço tecnológico.



Potencial



Apesar dos obstáculos, a empresa acredita no potencial de sua invenção para impulsionar o futuro da inteligência artificial, oferecendo uma alternativa mais sustentável e eficiente em comparação aos sistemas tradicionais. Pesquisadores de instituições de renome, como a Universidade de Michigan e a Universidade Livre de Berlim, já estão explorando as possibilidades oferecidas por esses biocomputadores, incluindo o desenvolvimento de novas linguagens de programação específicas para a plataforma.



Ademais, a área da biocomputação está se diversificando com abordagens alternativas, como a computação fúngica, que utiliza as propriedades elétricas das redes de fungos para criar sistemas de aprendizado e reconhecimento de padrões. No entanto, o foco em células vivas da FinalSpark se destaca pela promessa de reduzir drasticamente o consumo de energia na indústria da inteligência artificial, um avanço crucial para a sustentabilidade tecnológica.


Fonte: LiveScience



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



🚀 Gostou do conteúdo? Então continue lendo as principais notícias do mercado de IA.


📩 Assine a nossa newsletter e fique por dentro de tudo sobre a Inteligência Artificial.


Foto: FinalSpark

Salvar

Inscreva-se em nossa newsletter!

Receba semanalmente, atualizações, ferramentas, tutoriais e prompts em seu e-mail.