Câmeras de vigilância com IA serão utilizadas nos Jogos Olímpios de Paris-2024
Durante as olimpíadas de Paris as câmeras de vigilância serão usadas com algoritmos de IA para identificar comportamentos suspeitos e atuar na prevenção de crimes e atentados.
O uso de câmeras com algoritmos de inteligência artificial (IA) para aumentar a segurança dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 foi confirmado pelas autoridades, que esclareceram que a tecnologia não permitirá o reconhecimento facial. Este sistema avançado analisará vídeos em tempo real para detectar comportamentos suspeitos ou de risco, diferente do reconhecimento facial que compara traços faciais com uma base de dados.
Inovação e Controvérsia
A tecnologia de reconhecimento facial, teve sua eficácia demonstrada em eventos como o carnaval de Nice em 2019, quando o reconhecimento facial foi testado para identificar voluntários e teve seu funcionamento comprovado. Porém, a tecnologia enfrenta resistência da Comissão Nacional de Informática e Liberdades (Cnil) na França, preocupada com a privacidade e liberdades digitais.
Ainda assim, o prefeito de Nice defende a IA e o reconhecimento facial para vigilância. Em uma entrevista para repórteres, Christian Estrosi disse acreditar que a tecnologia poderia prevenir tragédias como o atentado de 2016 no Passeio dos Ingleses em que 86 foram mortas.
Câmeras por Algoritmos nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Uma lei aprovada pelo Parlamento francês em abril de 2023 regulamenta o uso de câmeras com algoritmos durante os Jogos Olímpicos, permitindo identificar situações que representem risco ou ameaça à segurança. Uma comissão avaliará a aplicação dessa tecnologia até 2025, garantindo um controle sobre seu uso e eficácia.
A futura legislação europeia sobre IA, esperada para este mês, proíbe o reconhecimento facial em tempo real em espaços públicos, mas permite exceções para crimes graves. A implementação dessa tecnologia requer aprovação judicial ou administrativa e uma legislação específica por parte dos países.
Visão da Anistia Internacional
Além disso, a Anistia Internacional critica a regulamentação por não proibir completamente sistemas que considera incompatíveis com os direitos humanos. Nesse sentido, a organização alerta para o risco de tais tecnologias se tornarem irreversíveis, citando o exemplo do Reino Unido, onde câmeras foram usadas durante os Jogos Olímpicos de Londres-2012 e agora servem para identificar "potenciais criminosos antes mesmo que os crimes fossem cometidos".
Preocupações e Futuro
Contudo, a implementação dessas tecnologias de segurança necessita de debates sobre privacidade, liberdades individuais e a eficácia de medidas preventivas contra ameaças. As autoridades e organizações devem encontrar um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a proteção dos direitos humanos, garantindo a segurança de eventos globais como os Jogos Olímpicos sem comprometer as liberdades fundamentais.
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Foto: Shutterstock